Exposições

Generg/ TotalEnergies Fotógrafo de Natureza do Ano 2024

Autor: Exposição coletiva

Uma mostra que reúne as imagens premiadas do concurso de fotografia inserido no Insitu - Festival de imagem de Natureza de Vouzela.

Alma e Luz

Autor: Nuno Neves

Nasci em Lisboa, no ano de 1975, criado na margem sul do rio Tejo e rodeado por toda uma miscigenação de culturas. Cedo me apercebi da riqueza do meio social onde me inseria e a qual faz parte de toda esta identidade de ser Português. Esta multiculturalidade fez de mim aquilo que considero ser hoje, "um cidadão do mundo". Multifacetado, gosto de aprender, não tendo receio do incerto, de sair da minha zona de conforto. É o que me faz sentir vivo e em constante evolução. Não admira pois, que ao fim de 34 anos de existência a sul, tenha decidido rumar para terras mais a norte e aqui firmar laços na região de Lafões, na bonita vila de Vouzela, há cerca de 14 anos. Gostar de fotografar é algo espontâneo, um complemento, um estado de espírito, que vem naturalmente do gosto pela arte do desenho, que possuo desde os tempos de criança. Foi aqui, nesta região, que as energias fluíram e me fizeram despoletar ainda mais o gosto pela fotografia. Foi aqui que descobri um "palco" privilegiado e a fonte de inspiração para o mundo natural. Aqui conheci e cruzei-me com pessoas especiais que me apoiaram e ensinaram o caminho para crescer, às quais expresso toda minha gratidão. A fotografia, como qualquer arte, é um campo repleto de subjetividade, no que diz respeito ao gosto de cada um. Defendo que aquilo que gosto, muitos não gostarão, e aquilo que muitos gostarão, poderei não gostar. Essencialmente o que me motiva na fotografia é aquilo que na antiga Grécia ficou definido como arte: "A busca de trazer para o mundo mortal os valores do mundo divino, de uma forma mais humanista." No fundo, foram eles os responsáveis pelo conceito de "Arte" e do "Belo". O ideal da arte é representado pela perfeição da natureza. A arte será então a imitação da natureza, não apenas o retrato dela, mas sim a busca da natureza ideal e universal. Sendo assim, a minha linha de pensamento será a busca da "beleza universal", pois a natureza, sendo perfeita, será sempre "bela". Arte pela Arte! Acredito que a perfeição técnica nunca será o objetivo de fazer e estar na fotografia, mas sim ver a vida tal como ela é! Serei mais uma alma em busca da luz.

THE MAGIC OF MUSHROOMS

Autor: Agorastos Papatsanis

“Porquê cogumelos? Eles são um “símbolo de fantasia”. São tudo o que pretendo: contos de fadas, ideias e mistério, juntos. É um tema repleto de formas, cor e personalidade forte.” Agorastos Papatsanis é um fotógrafo profissional residente em Salónica, no norte da Grécia. Foi distinguido em várias competições fotográficas relevantes, incluindo Wildlife Photographer of the Year e European Nature Photographer of the Year. As suas fotografias foram também publicadas na revista National Geographic. O seu primeiro contacto com a fotografia de natureza começou em 1999, aos 22 anos. Começou gradualmente a aprender, a documentar e fotografar cogumelos. Tudo isso ao lado do conhecido micólogo e bom amigo George Konstantinidis, que também lhe ofereceu a sua primeira máquina fotográfica analógica, uma Konica Minolta em conjunto com uma lente macro Tokina. A abordagem artística surgiu a partir de 2009, como uma evolução natural da sua prática fotográfica e principalmente como uma necessidade de retratar as belezas da natureza com o seu olhar próprio. Agorastos incorpora as suas emoções nas suas imagens, tendo como base os sentimentos e empatia que estabelece, ativa e passivamente, com o seu sujeito fotográfico. Pretende fazer do amor pela natureza um convite às pessoas para que retornem a ela, com respeito, e para despertar a sua necessidade primordial de criatividade.

ENDÉMICO AVES DE PORTUGAL

Autor: Coletiva de fotógrafos

Através de uma coletânea da avifauna portuguesa, percecionada pelas lentes de talentosos fotógrafos de natureza portugueses, esta exposição pretende realçar a beleza única das aves que povoam os bosques, prados, rios e mares de Portugal. Eternizando momentos fugazes, captando espécies raras ou furtivas e proporcionando uma perspetiva íntima sobre a riqueza da avifauna ocorrente, esta exposição coletiva celebra a arte de retratar a vida selvagem, unindo olhares distintos numa homenagem fotográfica às aves que encantam e preenchem o território luso. De entre espécies residentes, estivais ou invernantes, as aves são um grupo faunístico cativante que agrega cada vez mais observadores e fotógrafos, nacionais e estrangeiros, na sua busca, contemplação, estudo ou registo. A multiplicidade de habitats que ocupam, as suas adaptações evolutivas, os seus comportamentos e migrações ou as suas plumagens peculiares, são fatores que conferem às aves um carácter intrigante e apelativo. Cada fotógrafo integrante desta exposição traz consigo diferentes considerações estéticas e perspetivas fotográficas, enriquecendo um portefólio verdadeiramente completo e representativo, não só da amplitude da avifauna portuguesa, mas também daquela que é a visão dos fotógrafos de natureza nacionais sobre o tema. Tal como as aves - e, sobretudo, se não se estiverem camuflados - também os autores destas imagens poderão ser encontrados no campo, de norte a sul do país, desde o nível do mar à alta montanha, ao encalço de um alvo bem definido, de entre as mais de três centenas de espécies de aves que alegram e enriquecem os céus de Portugal. O declínio das populações de várias espécies de aves em Portugal, bem como na Europa, é uma preocupação crescente que reflete mudanças significativas nos ecossistemas e na paisagem natural. Vários aspetos contribuem para essa diminuição, tais como a destruição e degradação do habitat, intensificação das práticas agrícolas e florestais, poluição, alterações climáticas e perturbação humana. Muitas das causas estão interligadas e exacerbam os seus impactos negativos sobre as populações de aves. Fotógrafos participantes: António Granado; António Rosa; Armando Caldas; Armindo Ferreira; Carlos Patrício; Carlos Rio; Diogo Meira; Fábio Montes, Gilberto Pereira; Ismael Cunha; Jacinto Policarpo; João Petronilho; José Frade; José Freitas; Luísa Sequeira; Marina Ribeiro; Norberto Esteves; Nuno Cabrita; Pedro Baptista; Pedro Rego; Sérgio Esteves; Tiago Guerreiro; Tomás Martins; Vasco Flores Cruz.